Baía de Todos os Santos e Mais Além
A introdução desta página foi certamente a mais difícil de fazer. Isso porque optei pelo ousado movimento de condensar em um único lugar as histórias do Recôncavo Baiano, da Ilha de Itaparica, do Vale do Pati e de Lençóis/BA. Muito embora tudo tenha sido caminhado no mesmo 2025 e todas as localidades se encontrem no vasto território baiano, as dinâmicas perto do litoram diferem - e muito! - das que se observam no "sertão".
Há muitos desavisados sobre as peculiaridades do território que ousam confundir a Cidade da Bahia - ou, simplesmente, a Bahia - com a Baía de Todos Os Santos. A cidade é a imensa São Salvador, que possui uma página dedicada inteiramente à corda bamba entre sagrado e profano; Bahia é o estado - disso todos sabemos; e a Baía de Todos Os Santos é, digamos assim, o grande e histórico ancoradouro que fez com que a primeira capital do Brasil estivesse exatamenete ali.
Assim, viajar pelas cidadelas - antigamente rodeadas de engenhosos engenhos de açúcar - do Recôncavo Baiano é adentrar nas contradições que não tomaram forma na capital, ainda que para lá tenham corrido, como a independência da Bahia em Cachoeira ou tantas rebeliões dos negros escravizados. Itaparica embora preserve muitas das mesmas características das outras cidadelas, é uma ilha, portanto cercada de mar, com uma atmosfera outra que promoveu por exemplo a genialidade de João Ubaldo Ribeiro que narra a história do Brasil sem precisar cruzar as águas que cercam seu pedaço de terra.
Já o Vale do Pati e Lençóis, no interior do estado, reservam um oxigênio díspar, bem distante dos mareados eventos do litoral. O Pati é até hoje remoto e de difícil acesso, sem ampla oferta de eletricidade ou meios de transporte para além das mulas. Enquanto Lençóis tem vida cultural ativa, milhares de turistas e os inevitáveis comércios. Os projetos se dividem exatamente nessas localidades e uma parte deles se encontra aqui.
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